UM CHAMADO AO AMOR E À UNIDADE

Mensagem de Julie Redstone

 

29 de Agosto de 2013.


No qüinquagésimo aniversário da Marcha sobre Washington no interesse dos direitos civis, sob a liderança de Martin Luther King Jr., e na sombra da grande multidão de almas fervorosas que se uniram naquele dia para dar o testemunho do seu compromisso à igualdade entre as raças, nós, hoje, somos chamados a estender este compromisso e igualmente darmos testemunho.

Há, hoje, legados das velhas divisões raciais que ainda impedem que prevaleça a plena igualdade entre negros e brancos, nos Estados Unidos. Sabemos disto, pois estamos todos sintonizados em um  grau ou outro com os aspectos sutis e não tão sutis da discriminação racial que ainda existe.

No entanto, há questões mais profundas que estamos sendo chamados a enfrentar hoje, questões mais profundas e amplas, pois o caminho para a igualdade racial é construído na igualdade de educação, de renda, de emprego, habitação, assistência médica e justiça perante a lei, e estas não podem apenas serem alcançadas através de leis que se referem à discriminação. Fizemos isto e estamos ainda no processo de fazer isto. A verdadeira igualdade vem de uma consciência que não vê os outros diferentes de si mesmo, e que não criam, a partir desta percepção de diferenças, um limite em torno de quem pode se aproximar e quem deve ficar distante.

Se nós estamos discutindo raça ou classe, deficiência física ou limitação mental, envelhecimento ou qualquer classe de atributos que faz com que nos sintamos diferentes de outros – são nos precisos detalhes de nossa experiência de diversidade que nos tornamos vulneráveis a não estarmos mais conectados a nossa humanidade comum como filhos de Deus, e é nesta percepção de diversidade que o medo, a rejeição, os estereótipos e os preconceitos podem surgir.

Precisamosnos libertar destes sentimentos de diversidades onde quer que eles ocorram e por qualquer motivo. Precisamos ser capazes de olhar para estes fisicamente diferentes de nós, mentalmente diferentes de nós, aqueles que mantêm crenças que nos chocam ou nos desanimam, mesmo aqueles que podem expressar o ódio em direção a nós, com a igualdade da similaridade que pertence a todos os filhos de Deus. Não precisamos tolerar o comportamento daqueles que nos magoaram, e podemos nos proteger de tais injustiças, mas onde quer que um ser humano respire, viva e tenha um batimento cardíaco, a este ser deve ser concedido o mesmo amor e respeito que daríamos aos membros de nossa própria família.

Isto pode parecer uma tarefa assustadora. E, no entanto, a compreensão de que somos todos da descendência comum do Criador de tudo, precisa nos conduzir a uma percepção de que podemos e devemos conseguir viver de acordo com as nossas preferências e desafeições pessoais. Devemos ultrapassar o limite que temos mantido ao redor dos nossos corações, por medo ou inconsciência, um limite que somente permitiria alguns, mas que afastaria outros. Hoje, é este limite que está sendo eliminado pela expansão da luz em nossos corações, e é este limite que, uma vez desintegrado através do poder do amor, irá permitir que todos os seres humanos vivam como um só.

Mas, primeiro, temos que estar dispostos a ir além do “gosto’ e “desgosto” na relação com determinados indivíduos, qualidades, sistemas de crenças e todas as outras características que nos levam a nos afastarmos dos outros. Devemos sacrificar o nosso apego as nossas próprias crenças como uma maneira de julgar outros, e em vez disto, aceitarmos cada um, além de qualquer crença ou qualidade pessoal de expressão.

Esta mudança em nossa disposição de apagar os limites ao redor dos nossos corações, de não mais dar poder ao medo e à rejeição com base em nosso senso histórico de diversidades dos outros, permitirá, mais do que qualquer outra coisa, que estas práticas e diretrizes que ocorrem no nível exterior, possam criar uma sociedade justa de homens e mulheres iguais, que possam respirar livremente, à luz do nosso amor.

Esta é a sociedade que cada coração anseia, mesmo sob o rancor e o medo externos que possam manter. Pois cada coração busca a paz. Cada ser procura ser capaz de viver livremente e ser reconhecido pela contribuição que ele possa fazer ao mundo. Cada um busca o respeito que é o seu direito inerente.

Hoje, vamos prometer seguir os passos daqueles que caminharam alegre e corajosamente na grande multidão que se reuniu em Washington, há 50 anos, e vamos dar o próximo passo para continuarmos esta profunda e sagrada missão que está agora incorporada em nossa história coletiva.

Que Deus abençoe este esforço e este espírito empreendedor no interesse da unidade. Que os corações de todos que buscam os laços que existem entre todos, que no amor e em Deus, a unidade de uma sociedade de almas possa ser estabelecida na Terra. Todas as bênçãos da luz para aqueles que vivem com os corações de amor, à luz destes sagrados princípios. Amem.

 

Tradução: Regina Drumond – reginamadrumond@yahoo.com.br

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publicado por achama às 09:31